No contexto da saúde pública, a precisão na comunicação hospitalar é fundamental para evitar situações que podem causar sofrimento e graves implicações legais para pacientes e familiares. Um episódio em Ribeirão Preto, São Paulo, chamou atenção ao revelar como uma notificação equivocada de óbito pode abalar emocionalmente todos os envolvidos, além de gerar importantes decisões na Justiça.
Entenda o que causou a confusão hospitalar em Ribeirão Preto
O caso aconteceu quando um homem foi medicado e liberado por um hospital local. Coincidentemente, uma segunda pessoa internada ali com nome semelhante faleceu no mesmo dia e lugar, causando troca de identidades e a disseminação equivocada da notícia de morte para a família errada.
Conheça os direitos de indenizações dos familiares das vítimas de erros médicos ou hospitalares na explicação detalhada sobre o assunto.
Esse engano só veio à tona durante o velório, quando familiares notaram que o corpo no caixão era de outra pessoa, e logo depois receberam ligação do próprio parente supostamente falecido, o que evidenciou a troca.
Como a ausência do reconhecimento do corpo contribuiu para o erro
O protocolo hospitalar deixou de exigir o reconhecimento do corpo pela família antes de realizar os trâmites do funeral, fator que potencializou o erro. Essa etapa é essencial na confirmação de identidade e poderia ter prevenido toda a situação.
Confira abaixo algumas consequências dessa falha de procedimento:
Impacto emocional imediato e prolongado para os familiares;
Exposição a constrangimentos públicos envolvidos no velório equivocado;
Implicações legais para o hospital responsável pelo atendimento.
Hospital deve indenizar familiares por erro na declaração de óbito
O episódio foi levado ao Tribunal de Justiça de São Paulo, que decidiu manter a sentença de primeira instância exigindo reparação financeira aos familiares. O hospital foi condenado a pagar R$ 80 mil de indenização por danos morais a cada um dos autores do processo, reconhecendo o abalo sofrido.
O valor, considerado justo pelo desembargador responsável, levou em conta o sofrimento e o transtorno enfrentados pelas vítimas diante do equívoco irreversível.
Argumentos do hospital foram rejeitados pela Justiça
O hospital tentou justificar o erro alegando distanciamento entre o paciente e seus familiares, minimizando o possível dano emocional. Esta tese foi duramente refutada pelo desembargador Edson Ferreira, que considerou o argumento injustificável e inadequado.
A decisão reforçou que a responsabilidade do hospital se sobrepõe a questões de relacionamento familiar, destacando a gravidade do erro cometido.
Quais boas práticas podem evitar novas falhas como esta?
O caso evidencia a urgente necessidade de melhorias nos protocolos hospitalares de confirmação de identidade. Processos rigorosos não apenas previnem erros semelhantes, mas proporcionam segurança jurídica e emocional às famílias.
Entre as boas práticas recomendadas para instituições de saúde, destacam-se:
Conferência da identidade do paciente em todas as etapas do atendimento;
Reconhecimento formal do corpo por membros da família após óbito;
Comunicação clara e transparente com os envolvidos durante incidentes delicados.
Situações como essa mostram que detalhes operacionais podem resultar em tragédias evitáveis, sendo fundamental que hospitais priorizem a prevenção de erros e a confiança de seus pacientes e familiares.
Fonte: Consultor Jurídico
Fonte:https://www.em.com.br/emfoco/2025/11/13/tribunal-condena-hospital-a-indenizar-em-80-000-familia-de-homem-declarado-morto-por-engano/#google_vignette
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