Um amplo estudo realizado pela Fundação Dom Cabral (FDC), com base em dados da Polícia Rodoviária entre 2018 e 2021, mostram que o risco de acidentes é muito maior em rodovias públicas, aquelas que são administradas pelo governo.

No período do levantamento, foram registrados 264.196 acidentes em rodovias federais. Cerca de 80% do total de acidentes aconteceram em rodovias gerenciadas pelo poder público, e apenas 20% em rodovias concedidas à iniciativa privada.

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As rodovias públicas também tem o maior número de acidentes graves, que resultam em vítimas, 80,4%.

Para a Fundação Dom Cabral, as rodovias públicas são mais perigosas pela falta de investimento, especialmente pela falta de duplicação.

“O acidente que mais mata no mundo inteiro é a colisão frontal. E a colisão frontal entre veículos ocorre com altíssima probabilidade em pistas simples, com uma mão que não está fisicamente separada da outra mão. Quando você tem uma concessão, uma das obrigações é de duplicar a pista e aí você reduz os acidentes de colisão frontal, que são os que mais matam”, afirmou Paulo Resende, professor da fundação e pesquisador responsável pelo estudo.

Outro destaque da pesquisa é que grande parte dos acidentes acontece nos mesmo locais. Ou seja, já se sabe onde são necessários os investimentos para redução das mortes.

Rio Grande do Sul é o estado que tem a maior taxa de acidentes e também os acidentes mais graves, seguido pelo Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio de Janeiro.

Entre as rodovias, a maior taxa de acidente de trânsito e maior taxa de gravidade das ocorrências acontece na BR-101, que começa no Rio Grande do Norte e segue até o Rio Grande do Sul, e a BR-116, que vai de Fortaleza ao Rio Grande do Sul.

Fonte:https://blogdocaminhoneiro.com/2022/07/rodovias-publicas-tem-maior-risco-de-acidentes/